Na Alemanha, consome-se cada vez mais alimentos industrializados. A vida moderna cria novos hábitos e muita gente mal sabe preparar uma refeição.
Molho de tomate à napolitana em vidro, mistura para suflê de brócolis em pacotinho, batatas descascadas e cozidas em lata, croissants pré-assados congelados, cozidos vários e misturas sem fim. Quem entra pela primeira vez em um supermercado alemão fica admirado com a variedade de produtos industrializados. E quem chega na prateleira dos temperos, arregala os olhos: mistura pronta de tempero para frango assado, peixe, sopa, comida chinesa.
Depois da fast food, a convenience food
Foram-se os tempos em que as pessoas conheciam os diversos ingredientes e sabiam que temperos e ervas ficam bem em que pratos. Depois que a fast food tomou conta do mundo, agora é a vez da convenience food (comida de conveniência, isto é, cômoda). Incipiente no Brasil, onde o consumo de alimentos frescos é grande, ela se alastra na Alemanha e nos países industrializados, garantindo taxas de crescimento invejáveis às indústrias do setor.
A vida moderna está mudando os hábitos alimentares. Nas grandes cidades, é comum ver gente jovem comendo na rua um hamburger, um döner kebab (churrasquinho grego) ou batatas fritas com maionese ou ketchup. Um número cada vez menor de alemães cozinham como se fazia décadas atrás e muitos nem sequer empregam mais os alimentos frescos básicos.
Menos batatas, mais congelados
O consumo de batatas, por exemplo, caiu em mais de 50% nos últimos 30 anos. Em compensação, o de congelados aumentou 83% nos últimos dez anos. Diante dessas tendências, um grupo de pesquisadores alemães está estudando como garantir uma alimentação boa, nutritiva e ecológica no futuro.